ócio

Ilustração feita na hora do almoço , Lápis , Illustrator e Photoshop.

pretinha

Menina do pé descalçodo
olhar vivo
nada de falso
Cultiva o simples
sorriso sincero
presença periódica
papo disperso
Chama a atenção de seres e mais seres
como se chegasse a luz
iluminando locais
Menina do pé descalço
madruga pra alegrar
alegra ao madrugar
Lua que vem pra iluminar
a vida de quem sabe apreciar
tudo que existe de mais belo e simples
o sol, o céu , o mar...

ao redor²

Em meio ao cotidiano cinza...
o eterno " dia à dia" que nunca acaba...
redundância que se diluí
diante da presença de um sorriso meigo...

A primeira rosa de olhos verdes
em meio à tantos espinhos
Bati o olho e dei confiança
me agradou
jeito de criança
menina - mulher
Redundância²

Se diluí novamente
diante daquele sorriso meigo...
Nesse caso a repetição é só uma forma de descrença
de que exista alguém
que com apenas um olhar e sorriso...
me vença

ao redor

Dentro de seus carros imponentes
seus medos , vontade de sumir
celulares...
bolsas e preocupaçoes
novela das 8...

Atropelando a existência de quem tem como colchão
a calçada que não pisa...
com a familia estagnada
apartamentos = prisões
uma vida tão distinta...

Ouço..
mesmo que de longe...
O som do fim...será o fim?
Sinto...
não estou tão longe...
estou aqui...será o fim?

anjo

Bassani

Sabado de chuva

E vem a Bomba...
Imprevisivel , com olhar profundo...
prestes a explodir...

Silenciosa , dança sob luz de velas
ao som de algo inteligentemente estranho
velas estas acesas , por uma criança louca,
bela e esbelta...
Com sua vestimenta de descanço
deixa á mostra a arte e as marcas
de seus desiquilibrios inocentes
causados pela imperfeição dessa errante cidade

E vem a criança
a louca
encantadoramente louca...
que desliza sobre o chão gelado
movimentos graciosos
de um extremo à outro
demonstra que o diagnóstico
não é desastroso...
causa espanto por mudar tanto
o silêncio da bomba
o barulho da criança

Apenas um desabrochar, ou ,
vários deles...

A Monotonia se envergonha...
que venha a bomba..
que venha a bomba...

torto

Oxigênio

De repente sentiu-se vivo
não como aquele morto de costume
viu que existe algo a sua volta
não estava só nesse cardume

vivo morto
morto vivo

ao click do piscar dos olhos
resistiu a verdade estampada
sentiu-se forte e acordado
visão dilacerada

"Ergamos a cabeça!!
Ande em linha reta mas observe tudo em sua volta!
mesmo que seja lento...e demore..."

a Vida esteve aqui e ninguém notou...
ela passou e ninguém viu...
acabou batizada "Ontem" .

Virado

"trouxe a tona qualquer estranheza...
toda leveza...
qualquer atenção...

ficou firme em sí mesmo...
tentou ser o outro...e o outro...

nada conseguiu...
partiu com sabedoria que nao se divide...

partiu ao meio a convicção...
mas de cabeça erguida segue
talves nao o próprio rumo...mas segue..."

Divagando

Taxado estranho
Por não querer o tamanho
Sem rumo , sem plano
Tudo por cima do pano

Cartas à mesa
mais simples que isso
Do mundo não fujo
Deixo sobrar um resquício

Enxergando mais do que devia
vejo meus dias
se esvaindo como a água
no ralo da pia

Contei meu maior segredo
para um amigo chamado espelho
Um conselho deu
me olhando feio

"Amigo , apenas faça...
pois antes...
Fazer era o que mais fazia..."